Auditores filiados ao Sindifiscal compareceram à sede da entidade para apresentar suas dúvidas ao representante da Unimed, Sebastião Cristiano Figueiredo, com relação a nova política da empresa. Os pontos polêmicos como o estabelecimento de co-participação de 50% no valor das consultas voltaram ao protagonismo da tratativa entre sindicato e operadora do plano de saúde.
“O contrato tem validade pelo prazo de 12 meses. Passou os 12 meses, ele vale por tempo indeterminado. No entanto, qualquer uma das partes pode rescindi-lo. O que aconteceu é que a Unimed denunciou o contrato com o Sindifiscal para adaptar o acordo com à sua nova política”, explicou o presidente Carlos Campos.
“O estabelecimento da coparticipação é baseado num estudo que levou em conta o comportamento do nosso público. No caso do Sindifiscal, temos um histórico de sinistralidade baixa, sempre dentro da meta. Mas a mudança está chegando para vocês porque não disponibilizaremos mais esse produto sem a coparticipação para que a restruturação não pese na mensalidade. A nossa intenção é criar uma solução que não impacte tanto para vocês e viabilize o contrato”, ponderou o representante da Unimed.
O diretor de assuntos jurídicos do Sindifiscal, Divaldo Andrade, frisou que apesar da inconformidade com a nova política, é prudente que haja acordo entre as partes para que a categoria permaneça dispondo do serviço de saúde suplementar. “Todos os questionamentos levantados pelos colegas hoje, foram feitos por nós no primeiro contato com a Unimed. Apesar, da insatisfação entendemos que a Unimed é a empresa que tem estrutura para nos atender”, pontuou.
Fazendo paralelo com empresas concorrentes, a diretora secretária Magaly Guedes frisou que planos de saúde, como o que é ofertado pelo Bradesco, por exemplo, atendem poucas cidades. “Quem está no interior, ou em uma região de difícil acesso teria que vir a Palmas para receber atendimento”, completou.
"a diretoria não concorda com o novo sistema de coparticipação, entretanto, diante da negativa da operadora em estabelecer novo contrato sem , solicitamos da Unimed a negociação sobre o índice, adequando-o de 50% para 30%, assim também com relação aos valores da tabela que mesmo apresentando pequena redução em algumas faixas etárias, traz pequenos aumentos e que com a figura da coparticipação entende-se que essa tabela pode melhorar, o Sindifiscal aguarda retorno", detalha Campos.
"Foi discutida também a possibilidade de estabelecer um prazo de vigência mínima maior -hoje 12 meses- para que dessa forma a Unimed não possa alterar novamente as regras impondo coparticipação em outros procedimentos, essa proposta será apresentada à operadora", completa.
Outro ponto discutido foi o valor da taxa de administração de 1,5% que será aplicada pelo Sindicato sobre o valor do plano de cada filiado. Foi explicado pelo diretor financeiro José Bernardino que desde sua implantação o plano gera despesas que vem sendo custeadas pelo Sindicato, como: apesar de esporádico, multa pelo pagamento em atraso do boleto, provocado por atrasos da Sefaz no repasse do valor pago ao plano de saúde (consignado), e ainda despesas com telefone, funcionários, correios, entre outras.
Ao fim do debate os presentes concluíram que é mesmo necessário que seja feita essa participação por parte dos titulares do plano para fazer frente as despesas com o mesmo, até porque não é justo que os que não aderiram ao plano de saúde ajudem a custear suas despesas.
26 de Novembro de 2024 às 11:40