CONTRA AS REFORMAS DA PREVIDÊNCIA E TRABALHISTA, AUDITORES DECIDEM PARALISAR ATIVIDADES NO PRÓXIMO DIA 28

20/04/2017 07/12/2020 17:08 773 visualizações

Motivados a se posicionar contra os mecanismos que tentam tirar direitos adquiridos do trabalhador brasileiro, os Auditores Fiscais da Receita Estadual lotaram o salão de eventos da sede do Sindifiscal e votaram pela adesão a paralisação nacional do próximo dia 28 contra as reformas da Previdência e trabalhista, durante Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que ocorreu durante a noite desta quarta-feira,19.



Agora, junto a Federação Nacional do Fisco Estadual e Distrital - Fenafisco, bem como as demais entidades nacionais e tocantinenses envolvidas, a categoria integra o movimento que tem conquistado adeptos em todo o país e segue para a fase de definição das formas de luta. O presidente Carlos Campos fez a exposição do efeito maléfico das proposituras em questão na vida do brasileiro, sendo seguido pela manifestação de indignação de muitos auditores, que culminou com o voto favorável da ampla maioria. “Faremos pressão aqui para que os parlamentares que elegemos percebam que se eles votarem contra a sociedade, não terão nosso voto nas próximas eleições. A reforma da Previdência aniquila a aposentadoria, já a trabalhista impõe ao trabalhador jornadas absurdas de trabalho, o que se traduz em precarização e redutibilidade salarial e a imposição do negociado sobre o legislado o que tira do trabalhador qualquer possibilidade de exigir valorização. Não podemos aceitar que rasguem a Consolidação das Leis do Trabalho, a CLT.”, pontuou o presidente.



O vice-presidente do Sindifiscal, João Paulo Coelho, mencionou sua ida a Brasília junto a Federação dos Sindicatos de Servidores Públicos do Tocantins (Fesserto) no último mês de março, ocasião em que a senadora Kátia Abreu (PMDB) e mais cinco deputados federais se declararam contra a reforma da Previdência ao grupo de 15 entidades classistas que procuraram os parlamentares da bancada tocantinense no Congresso Nacional.



Enquanto as mobilizações do próximo dia 28 se espalham pelo país, o Radar da previdência, lançado durante a última semana (clique aqui para conferir), situa o povo brasileiro com relação ao posicionamento dos (as) parlamentares. Em um painel de led, está sendo exposta a intenção de voto de cada deputado federal, colhida pela a Fenafisco e o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Análise de Dados (IBPAD). “O conhecimento é a nossa arma. O que está acontecendo no Brasil precisa ser escancarado ao povo, que tem direito de saber quem vota pelo bem estar da sociedade e quem pretende virar as costas para a população”, reitera o presidente Carlos Campos.


Outros assuntos

Ao final da deliberação, o impasse sobre o Redaf referente ao mês de março ganhou espaço entre os assuntos discutidos. Na ocasião, o presidente Carlos Campos explicou que a diretoria trabalha para que seja estabelecida a "meta acumulada", que aplica os índices que excederam aos 105% nos últimos 12 meses. Para que a meta acumulada seja adotada oficialmente, uma série de reuniões com o secretário da fazenda têm ocorrido. O foco agora é a busca da deliberação com o governador Marcelo Miranda para que as alterações legais ocorram e a medida seja efetivada.

As ações do sindicato que visam a manutenção da Lei 3.174 foram esclarecidas à plenária. Também foram abordadas a ação dos ex-agas- que já teve o despacho para o precatório- e a ação de horas-extras cujo os "termos de aceite" estão sendo apartados do processo para que sejam sentenciados e também enviados ao precatório, lembrando que o Sindicato continuará com o processo para os que não aderiram ao Termo de Aceite.

Sobre o retroativo do adicional noturno, o presidente esclareceu que foram levantadas as ordens de serviços de todos os auditores e que o levantamento está sendo feito de modo a detectar até mesmo os mínimos valores que a categoria tenha direito, e que o perito entregará o relatório no dia 5 de maio.